quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Onze

Os pés pisam o tapete, puro
Descalços,
Desconhece, a grama, chuteira
Ali onde tantos já rezaram
Impõem-se no campo à beira
Impávidos em vulto obscuro
Os fantasmas daqueles que ali jogaram

O tempo se perde na imensidão
Afoga-se num mar de lágrimas
São milhares, sua história e mérito
Trazendo a esperança pela mão
Esvai-se a angústia e suas rimas
São onze, cada um e seu exército

É um jogo ou uma batalha
Por uma taça, uma vida,
Ou qualquer coisa que o valha
É você em campo, peito franco
Beijando a bola, caprichosa, bandida
A alma vestida em preto, azul e branco

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